Triggers: detecção de anomalias e eventos de risco
O Behavior Engine da plataforma Segura utiliza uma combinação poderosa de triggers (gatilhos) comportamentais e técnicos para identificar desvios, riscos e sinais de comprometimento em tempo real. Esses triggers servem como sensores inteligentes que, ao detectar padrões fora do esperado, imediatamente ativam respostas automáticas ou alertas para os administradores de segurança.
Principais triggers monitorados
Comportamentais
- Anomalias de digitação: mudanças bruscas em ritmo, velocidade, ou padrão de teclado em comparação ao baseline do usuário.
- Execução de comandos/sistemas fora do padrão: comandos não usualmente utilizados, tentativas de acesso a sistemas ou dados sensíveis sem histórico.
- Horários e locais atípicos: sessões iniciadas fora do horário comercial ou de novos fusos/localizações.
- Troca de dispositivo ou endpoint: novos dispositivos, IPs, navegadores, ou ambientes de acesso não previamente autorizados.
Técnicos
- Geo-velocity**:** detecção de acesso em múltiplas regiões geográficas incompatíveis em curto período.
- Policy drift / alteração de privilégio: mudanças não planejadas nas permissões ou grupos de acesso durante uma sessão.
- Comportamento suspeito de navegação ou interação: saltos anormais entre aplicações, queries excessivas, tentativas repetidas de acesso negado.
- Sinais de ameaças externas: eventos recebidos de SIEM, SOAR ou Threat Intelligence indicando IOC, vulnerabilidades ou atividades correlatas.
- Mudança de contexto em tempo real: detecção de alteração no status do ticket ITSM, dispositivo comprometido, ou revogação de sessão por terceiros.
Resposta adaptativa: orquestração automática de respostas
Quando triggers são acionados, o Behavior Engine pode executar uma ou múltiplas respostas automáticas, customizáveis conforme a política da organização e o contexto do evento detectado. Essa abordagem garante mitigação rápida de riscos e reduz o tempo de resposta a incidentes.
Possíveis respostas adaptativas
- Step-up authentication: solicitação imediata de MFA adicional (OTP, push, certificado, biometria) para validação reforçada do usuário.
- Bloqueio ou pausa de sessão: suspensão temporária ou encerramento forçado da sessão até análise humana ou revalidação.
- Revalidação de identidade: exigência de novos fatores (smartcard, re-login, biometria) caso comportamento de risco seja detectado.
- Notificações inteligentes: alerta automático via e-mail, dashboards, SIEM ou mensageria para equipes de segurança.
- Encaminhamento para SOAR / análise forense: acionamento automático de playbooks em plataformas de resposta orquestrada, integrando logs e contexto para investigação detalhada.
- Restrições de comando / permissão: imediato bloqueio de comandos sensíveis, downloads, transferências ou acesso a dados críticos.
- Incremento do score de risco: elevação do risco do usuário ou sessão, ativando políticas de mitigação mais rígidas para toda a duração da sessão ou subsequentes.
Exemplos práticos
- Um usuário legítimo acessa um sistema de sempre, mas com um padrão de digitação anômalo: trigger de MFA.
- Sessão iniciada de IP desconhecido às 3h da manhã: bloqueio automático e alerta.
- Comando perigoso executado em ambiente de produção sem autorização prévia: resposta automática para suspensão e auditoria.
- Sinal de IOC recebido do SIEM correlacionado a uma sessão ativa: orquestração de resposta para isolamento do acesso e investigação imediata.